Governança Global e Relações Internacionais

Autores/as

Resumen

O artigo aborda a influência e o papel que a Governança Global têm desempenhado na reconfiguração das Relações Internacionais, fazendo com que elas não se resumam apenas a relações entre Estados, e sejam ações que envolvem outros atores internacionais, como organizações internacionais, empresas transnacionais, organizações não governamentais (ONG) e entes subnacionais. Após apresentar o conceito de Governança Global, é discutida sua influência nas Relações Internacionais, destacando temas como a paradiplomacia e os regimes internacionais. A conclusão é que a governança define novo paradigma para as Relações Internacionais, principalmente quando elas são referidas em termos de interdependência, no âmbito da sociedade global. A metodologia utilizada no presente artigo foi bibliográfica e indutiva.  

Biografía del autor/a

Alcindo Fernandes Gonçalves, Universidade Católica de Santos

Doutor em Ciência Política pela USP, professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Universidade Católica de Santos

Citas

ABRANCHES, Sérgio. Presidencialismo de Coalizão. Raízes e Evolução do Modelo Político Brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

ARAÚJO, Ernesto Henrique Fraga. Trump e o Ocidente. Cadernos de Política Exterior. Ano III, número 6, 2º semestre 2017, p. 323-357.

_____________. Contra o ´globalismo´ e o PT, conheça as frases do novo chanceler brasileiro. Folha de S. Paulo, caderno Mundo, 15/11/2018. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/11/contra-o-globalismo-e-o-pt-conheca-frases-do-novo-chanceler-brasileiro.shtml. Acesso em 13/4/2019

ARCHER, Robert. Markets and good governance (1994). Apud: GONÇALVES, Alcindo e COSTA, José Augusto Fontoura. Governança Global e Regimes Internacionais. São Paulo: Almedina, 2011.

ARTS, Bas. The Impact of Environmental NGOs on International Conventions. In: ARTS, Bas; NORTMANN, Math; REINALDA, Bob (eds). Non-State Actors in International Relations. Burlington, Ashgate, 2001.

BIERMANN, Frank; PATTBERG, Philipp. Global Environmental Governance Revisited. In: BIERMANN, Frank; PATTBERG, Philipp. Global Environmental Governance Revisited. Cambridge and London: The MIT Press, 2012.

BIERMANN, Frank; PATTBERG, Philipp; ASSELT, Harro van; ZELLI, Fariborz. The Fragmentation of Global Governance Architectures: a Framework for Analysis. Global Environmental Politics. 9-4. November, 2009. Disponível em file:///C:/Users/1990/Downloads/GEP_Biermann_etal2009%20(1).pdf. Acesso em 10/4/2019.

COMISSÃO SOBRE GOVERNANÇA GLOBAL. Nossa Comunidade Global. Relatório da Comissão sobre Governança Global. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1996.

CORNAGO, Noé. Diplomacy and Paradiplomacy in the Redefinition of Internacional Securities: Dimensions of Conflicts and Co-operation. Regional and Federal Studies. London, v. 1, n. 9, 1999.

COSTA, José Augusto Fontoura. Regimes Internacionais. In: GONÇALVES, Alcindo e COSTA, José Augusto Fontoura. Governança Global e Regimes Internacionais. São Paulo: Almedina, 2011, p. 117-216.

CUNHA, Kamyla Borges, REI, Fernando e WALTER, Arnaldo César. Subnational Climate-Friendly Governance Initiatives. In: BROUSSEAU, Eric, DEDEURWAERDERE, Tom, SIEBENHUNER, Bernd. Reflexive Governance for Global Public Goods. Cambridge and London: The MIT Press, 2012.

FINKELSTEIN, Lawrence S. What is Global Governance. Global Governance. n. 1, p. 367-372, 1995.

FREY, Klaus. Development, Good Governance and Local Democracy. Brazilian Political Science Review (on line). Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, jul/dez 2008. Disponível em http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-38212008000100007. Acesso em 10/4/2019.

GONÇALVES, Alcindo. Governança Global. In: GONÇALVES, Alcindo e COSTA, José Augusto Fontoura. Governança Global e Regimes Internacionais. São Paulo: Almedina, 2011a, p. 15-115.

______________. Regimes Internacionais como ações da governança global. In: Meridiano 47. vol. 12, n. 125, mai-jun 2011b, p. 40-45

______________. A Organização Mundial do Comércio e a Governança Global. SÁ PORTO, Paulo Costacurta de (org.). Organização Mundial do Comércio – Temas Contemporâneos. Santos: Ed. Leopoldianum, 2014.

HASENCLEVER, Andreas, MAYER, Peter, RITTBERGER, Volker. Theories of international regimes. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.

INSTITUTE FOR SECURITY STUDIES European Union. Global Governance 2025: At a Critical Juncture. Paris. November, 2010. Disponível em https://espas.secure.europarl.europa.eu/orbis/sites/default/files/generated/document/en/Global%20Governance%202025.pdf. Acesso em 8/5/2019.

KEATING, Michael. Regiones y Asuntos Internacionales: Motivos, Oportunidades y Estrategias. In: ALDECOA, Francisco e KEATING, Michael (eds). Paradiplomacia: Las Relaciones Internacionales de las Regiones. Madrid, Barcelona: Marcial Pons, 2000.

KEOHANE, Robert O. e NYE, Joseph N. Introduction. In: NYE, Joseph N.; DONAHUE, John D. (ed). Governance in a Globalizing World. Washington, DC: Brookings Press, 2000.

KJAER, Anne Mette. Governance. Cambridge: Polity Press, 2004.

KOTZIAS, Fernanda Vieira, SILVEIRA, Henrique Lago da. Contribuições da Paradiplomacia para a Agenda Ambiental da Governança Global: Aspectos Teóricos e Práticos. In: GONÇALVES, Alcindo e REI, Fernando (org). Governança e Paradiplomacia Ambiental. Santos: Ed. Leopoldianum, 2015. p. 11-50.

KRAHMAN, Elke. National, Regional and Global Governance: one phenomenon or many. Global Governance. v. 9. P. 323-346.

KRASNER, Stephen D. Causas Estruturais e Consequências dos Regimes Internacionais: Regimes como Variáveis Intervenientes. In: International Organization. Cambridge (MA), vol. 36, n. 2, 1983. p. 185-2015. Tradução disponível em http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v20n42/08.pdf. Acesso em 7/5/2019.

LEVY, Marc A,, Young, Oran R, Zurn, Michael. The Study of International Regimes. In: European Journal of International Relations. London, Thousand Oaks, CA and New Delhi: Sage, vol. 1 (3), 1995.

MATIAS, Eduardo Felipe P. A Humanidade e suas Fronteiras: do Estado soberano à sociedade global. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

MORGENTHAU, Hans J. A política entre as nações: a luta pelo poder e pela paz. Brasília: Ed. UnB, IPRJ; São Paulo: Ioesp, 2003.

NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Adoção do Acordo de Paris. Disponível em https://nacoesunidas.org/acordodeparis/. Acesso em 30/5/2020.

NORTH, Douglass C. Custos de Transação, Instituições e Desempenho Econômico. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1993.

PERIK, Roland. Globalization and Global Governance: A Conceptual Analysis. In: HEERE, W. P. From Government to Governance: The growing impact of non-state actors in the international and european legal system. Cambridge: Cambridge University Press, 2003. p. 455-462.

PRADO, Débora Figueiredo Mendonça do. Califórnia à Esquerda: o Berço da Resistência ao Governo Trump. In: Panorama EUA. Observatório Político dos Estados Unidos - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos – INCT-INEU. vol. 4, nº 2, maio de 2018. Disponível em https://www.opeu.org.br/wp-content/uploads/2018/05/Panorama_2018_02-Maio.pdf. Acesso em 5/5/2019.

REINALDA, Bob. Private in Form, Public in Purpose: NGOs in International Relations Theory. In: ARTS, Bas; NORTMANN, Math; REINALDA, Bob (eds). Non-State Actors in International Relations. Burlington, Ashgate, 2001. p. 11-40.

RODRIGUES, Gilberto Marcos Antonio. O que são relações internacionais. São Paulo, 2003.

RODRIK, Dani. Governos nacionais, cidadãos globais. Valor Econômico. p. 19. 14/3/2013.

RODRIK, Dani. The Globalization Paradox – Democracy and the Future of the World Economy. New York: W. W. Norton, 2011

ROSENAU, James N. Governança, ordem e transformação na política mundial. ROSENAU, James N. e CZEMPIEL, Ernst-Otto. Governança sem Governo: ordem e transformação na política mundial. Brasília: Ed UnB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000. p. 11-46.

SANTOS, Maria Helena de Castro. Governabilidade, Governança e Democracia: criação da capacidade governativa e relações Executivo-Legislativo no Brasil pós-Constituinte. DADOS – Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, v. 40, n. 3, 1997, p. 335-376.

SETZER, Joana, MACEDO, Laura Valente de, REI, Fernando. Combining Local and Transnational Action in Adoption and Implementation of Climate Policies in the city of São Paulo. In: JOHNSON, Craig, TOLY, Noah, Schroeder, Heike. The Urban Climate Challenge – Rethinking the Role of Cities in the Global Climate Change. London and New York: Routledge, 2015.

THE NEW YORK TIMES. Bucking Trump, These Cities, States and Companies Commit to Paris Accord. June 1, 2017. Disponível em https://www.nytimes.com/2017/06/01/climate/american-cities-climate-standards.html. Acesso em 5/5/2019.

WORLD BANK. Sub-Saharan Africa: from Crisis to Sustainable Growth. Washington: World Bank, 1989.

WRIGHT, Robert. Non Zero – The logic of human destiny. New York: Pantheon Books, 2000.

YOUNG, Oran R. International Governance: Protecting the Environment in a Stateless Society. Ithaca, London: Cornell University Press.

ZERAOUI, Zidane. Construyendo el concepto de paradiplomacia. In: ODDONE, Nahuel e RODRÍGUEZ VÁSQUEZ, Horacio (coord). Municipios y Cambio Climático: Hacia da construcción de uma agenda paradiplomatica ambiental. Granada, España: Unión Iberoamericana de Municipalistas; Centro Iberoamericano de Governabilidad, 2014..

Publicado

2022-08-16

Cómo citar

Gonçalves, A. F. (2022). Governança Global e Relações Internacionais. Caderno De Relações Internacionais, 13(24). Recuperado a partir de http://54.94.8.198/index.php/relacoesinternacionais/article/view/1636